Manaus Vive Rotina de Apagões

Crise Energética em Manaus? Segundo Blecaute em Menos de 30 dias

Na noite de 2 de abril, Manaus e sua região metropolitana enfrentaram mais um blecaute, o segundo em menos de um mês, evidenciando fragilidades no sistema energético local. A cidade voltou as trevas por 2 horas enquanto os demais municípios por quase 4 horas. A interrupção, que começou às 22h08, afetou não apenas a capital, mas também municípios como Parintins, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Iranduba e Manacapuru. A origem do problema foi atribuída ao Sistema Interligado Nacional (SIN), conforme comunicado da Amazonas Energia. O sistema retornou próximo de meia noite.

Este incidente não é isolado. Em março, outros dois apagões já haviam exposto vulnerabilidades na infraestrutura elétrica da região. O mais recente, ocorrido no dia 27, foi causado por falhas na linha de transmissão de 230 kV Lechuga-Manaus. Além dos apagões, a população enfrenta uma rotina de interrupções técnicas e imprevistas em bairros e grandes regiões. Esses eventos recorrentes levantam questões sobre a capacidade do sistema de atender à crescente demanda energética de Manaus, uma cidade em expansão populacional e industrial.

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Especialistas apontam que a dependência de linhas de transmissão de longa distância e a falta de diversificação na matriz energética são fatores críticos. Apesar do potencial hidrelétrico da Amazônia, a região ainda enfrenta desafios na implementação de soluções sustentáveis e eficientes. Além disso, a introdução do gás natural na matriz energética, embora promissora, ainda não trouxe os benefícios esperados em termos de custo e confiabilidade.

A Amazonas Energia, responsável pela distribuição, aguarda informações do Operador Nacional do Sistema (ONS) para esclarecer as causas do blecaute e iniciar a recomposição do sistema plenamente e sem riscos de próximo apagão. No entanto, a frequência dessas interrupções exige uma resposta mais robusta e estratégica. Investimentos em infraestrutura, modernização das redes e maior integração de fontes renováveis são essenciais para garantir a segurança energética da região.

Enquanto isso, a população de Manaus segue enfrentando os impactos diretos dessas falhas, que vão desde prejuízos econômicos até transtornos no cotidiano. A crise energética em Manaus não é apenas um problema técnico, mas um alerta para a necessidade de uma gestão mais eficiente e resiliente do sistema elétrico.

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