A Economia de Francisco e a Amazônia 

O movimento “A Economia de Francisco”, idealizado pelo Papa Francisco, representa um chamado global para repensar os fundamentos da economia moderna. Inspirado por São Francisco de Assis, conhecido por sua renúncia à riqueza e cuidado com os pobres e o meio ambiente, o Papa Francisco convocou jovens economistas, empreendedores e pesquisadores para construir um sistema econômico mais inclusivo, sustentável e centrado na dignidade humana.

Fundamentos do Movimento

O movimento busca uma economia que “gere vida e não mate, que inclua e não exclua, que humanize e não desumanize”. Seus pilares incluem:

– Centralidade da pessoa: A economia deve servir ao ser humano, priorizando sua dignidade.

– Cuidado com a criação: Respeito aos limites ecológicos do planeta.

– Justiça distributiva: Combate à desigualdade e acesso justo aos recursos.

– Trabalho digno: Reconhecimento do trabalho como fonte de dignidade.

– Solidariedade intergeracional: Preservação de recursos para futuras gerações.

– Participação local: Inclusão dos mais pobres e povos tradicionais nas decisões econômicas.

Repercussões na Amazônia

Na Amazônia, região rica em biodiversidade e cultura, o movimento tem encontrado terreno fértil para suas ideias. A exortação apostólica “Querida Amazônia” do Papa Francisco destaca quatro sonhos para a região: social, cultural, ecológico e eclesial. Ele enfatiza a necessidade de integrar e promover os habitantes locais, respeitando suas culturas e defendendo o meio ambiente.

Atividades concretas na Amazônia incluem:

– Agricultura sustentável*: Incentivo a práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente.

– Economia circular: Redução de desperdícios e reaproveitamento de recursos.

– Empreendedorismo social: Projetos que promovem inclusão produtiva e justiça social.

– Manejo sustentável de ecossistemas: Proteção da biodiversidade e uso responsável dos recursos naturais.

O movimento “A Economia de Francisco” não apenas propõe uma mudança estrutural na economia global, mas também inspira ações locais que valorizam a Amazônia como um território de esperança e transformação. Com sua mensagem de justiça e cuidado, o Papa Francisco deixa um legado que continua a ecoar na luta por um mundo mais humano e sustentável.

O movimento “A Economia de Francisco” tem promovido iniciativas concretas na Amazônia que refletem seus princípios de justiça social, sustentabilidade e inclusão. Algumas das ações em destaque incluem:

1. Casa de Francisco e Clara: Inaugurada em Manaus, essa casa é um espaço comunitário que promove atividades voltadas para a economia solidária, sustentabilidade e protagonismo feminino. É descrita como uma experiência mística e popular, com foco em práticas inclusivas e acolhedoras.

2.Projetos de Empreendedorismo Social: Diversas iniciativas locais têm sido apoiadas para fomentar o desenvolvimento sustentável e a inclusão produtiva, especialmente em comunidades indígenas.

3. Educação e Formação: A exortação “Querida Amazônia” tem sido usada como base para programas educativos que integram questões ecológicas e sociais, buscando formar lideranças locais comprometidas com a preservação ambiental e a justiça social.

Essas ações mostram como o movimento está enraizado na realidade amazônica, promovendo mudanças que respeitam a cultura local e o meio ambiente. Se quiser saber mais sobre alguma dessas iniciativas, posso aprofundar!

Conheça a integra do manifesto do movimento: 

“Nós, jovens economistas, empreendedores e agentes de mudança, convocados aqui em Assis, de todas as partes do mundo, conscientes da responsabilidade que recai sobre a nossa geração, comprometemo-nos hoje, individualmente e coletivamente, a viver a nossa vida para que a economia de hoje e de amanhã se torne uma economia do Evangelho e, portanto:

  • uma economia de paz e não de guerra;
  • uma economia que se oponha à proliferação de armas, especialmente as mais destrutivas, uma economia que se preocupe com a criação e não a utilize indevidamente;
  • uma economia ao serviço da pessoa humana, da família e da vida, respeitosa com cada mulher, homem e criança, os idosos e especialmente os mais frágeis e vulneráveis;
  • uma economia onde o cuidado substitui a rejeição e a indiferença;
  • uma economia que não deixe ninguém para trás, para construir uma sociedade em que as pedras rejeitadas pela mentalidade dominante se tornem pedras angulares;
  • uma economia que reconheça e proteja o trabalho seguro e digno para todos;
  • uma economia onde as finanças sejam amigas e aliadas da economia real e do trabalho e não contra eles;
  • uma economia que valoriza e salvaguarda as culturas e tradições dos povos, todos os seres vivos e os recursos naturais da Terra;
  • uma economia que combata a miséria em todas as suas formas, reduza a desigualdade e saiba dizer como Jesus e Francisco: “Bem-aventurados os pobres”;
  • uma economia guiada por uma ética da pessoa humana e aberta à transcendência;
  • uma economia que crie riqueza para todos, que gere alegria e não apenas riquezas, porque a felicidade que não é compartilhada é incompleta.

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