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Nova Economia da Amazônia

O estudo “Nova Economia da Amazônia”, realizado pelo WRI Brasil em parceria com 76 pesquisadores, aponta que manter a floresta em pé e descarbonizar a economia são oportunidades para impulsionar o crescimento sustentável da região.

O estudo destaca que a transição para uma economia de baixo carbono pode gerar 312 mil empregos adicionais e um aumento de R$ 40 bilhões no PIB da Amazônia Legal até 2050. Além disso, a bioeconomia, que valoriza produtos florestais não madeireiros, pode se tornar um dos pilares desse novo modelo.

Políticas Públicas e Investimentos na Bioeconomia

O governo brasileiro tem investido em iniciativas que fortalecem a bioeconomia e promovem o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Recentemente, o Governo Federal lançou um programa de R$ 29,7 milhões para impulsionar a ciência, a bioeconomia e a infraestrutura na região. Esse investimento inclui projetos voltados para a inovação em biodegradáveis, biorrefino e pesquisas médicas.

Além disso, a bioeconomia tem atraído investimentos públicos e privados, com potencial de gerar R$ 170 bilhões em valor econômico até 2040. Em Belém, uma força-tarefa envolvendo governos federal, estadual e municipal, além da Itaipu Binacional, está investindo R$ 20 milhões na restauração de um casarão histórico para abrigar iniciativas voltadas à bioeconomia.

No estado do Amazonas, iniciativas de bioeconomia já demonstram resultados promissores. O cultivo sustentável de açaí e castanha-do-brasil por comunidades locais tem gerado renda sem comprometer a floresta. Além disso, a Incubadora de Políticas Públicas da Amazônia, coordenada pela Universidade Federal do Pará, desenvolve pesquisas sobre os impactos socioeconômicos e ambientais da expansão econômica na região. Esse projeto busca formular políticas públicas baseadas em ciência e participação comunitária. A Nova Economia da Amazônia propõe um caminho inovador para o desenvolvimento da região, mostrando que a preservação ambiental não é um obstáculo, mas sim uma oportunidade para crescimento econômico e inclusão social. Com investimentos estratégicos e políticas públicas bem estruturadas, a Amazônia pode se tornar um modelo global de desenvolvimento sustentável.

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