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Mariangela Hungria: a revolução sustentável na agricultura

A engenheira agrônoma Mariangela Hungria fez história ao se tornar a primeira brasileira a receber o Prêmio Mundial da Alimentação (World Food Prize), considerado o “Nobel da Agricultura”. Seu trabalho inovador na substituição de fertilizantes químicos por microrganismos tem transformado a produção agrícola no Brasil e pode trazer benefícios significativos para regiões como a Amazônia.

A revolução dos microrganismos na agricultura

Há mais de 40 anos, Mariangela Hungria pesquisa formas de tornar a agricultura mais sustentável, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos e promovendo o uso de bactérias fixadoras de nitrogênio. Essa tecnologia permite que as plantas absorvam nutrientes diretamente do solo, sem a necessidade de insumos químicos prejudiciais ao meio ambiente.

Estima-se que suas soluções estejam presentes em mais de 40 milhões de hectares cultivados no Brasil, gerando uma economia anual de até US$ 25 bilhões para os agricultores e evitando a emissão de mais de 230 milhões de toneladas de CO₂ equivalente. Além disso, sua pesquisa tem sido fundamental para o avanço da bioeconomia, um modelo de produção que valoriza recursos naturais renováveis.

Impactos na Amazônia

A Amazônia, com sua biodiversidade única e vastos recursos naturais, pode se beneficiar enormemente das pesquisas de Mariangela Hungria. Entre os principais impactos positivos estão:

– Preservação ambiental: A redução do uso de fertilizantes químicos diminui a contaminação dos solos e dos rios, protegendo ecossistemas sensíveis.

– Agricultura sustentável: O uso de microrganismos pode ser aplicado em cultivos amazônicos, promovendo uma produção agrícola mais equilibrada e menos agressiva ao meio ambiente.

– Fortalecimento da bioeconomia: Pequenos produtores e comunidades locais podem adotar essas tecnologias para aumentar sua produtividade sem comprometer a floresta.

– Redução do desmatamento: Com alternativas mais eficientes e sustentáveis, a pressão sobre novas áreas de cultivo pode diminuir, contribuindo para a conservação da Amazônia. Mariangela Hungria não apenas revolucionou a agricultura brasileira, mas também abriu caminhos para um futuro mais sustentável. Seu reconhecimento internacional reforça a importância da ciência na construção de um modelo agrícola que respeite o meio ambiente e promova o desenvolvimento econômico de forma equilibrada. A Amazônia, com sua riqueza natural, pode ser um dos maiores beneficiados dessa revolução verde.

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