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Ibama realiza vistoria de sonda da Petrobras antes de envio à Foz do Amazonas

06 de junho de 2025 – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concluiu nesta quinta-feira, 5 de junho, a vistoria da sonda NS-42, contratada pela Petrobras para perfuração no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas. A unidade, que estava na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, deverá seguir para o norte do país nos próximos dias, com chegada prevista para o final do mês.

Etapas do licenciamento e desafios ambientais

A inspeção da sonda faz parte do processo de licenciamento ambiental para atividades de perfuração marítima. De acordo com o Ibama, essa etapa é obrigatória para garantir que os equipamentos estejam preparados para operar em condições seguras. A Petrobras aguarda agora a autorização para realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO), um dos últimos passos antes da concessão da licença definitiva.

A exploração de petróleo na Margem Equatorial tem gerado debates intensos entre ambientalistas e representantes do setor energético. A região abriga ecossistemas frágeis, como recifes de corais e áreas de grande biodiversidade marinha. Especialistas alertam para os riscos de um eventual vazamento de óleo, que poderia comprometer a fauna e afetar comunidades ribeirinhas.

Investimentos e segurança operacional

A Petrobras afirma que a operação seguirá os mais rigorosos protocolos de segurança. A empresa já realizou testes de emergência envolvendo cerca de mil profissionais e 60 embarcações para simular a contenção de vazamentos. Além disso, destaca que já perfurou mais de três mil poços no Brasil sem registros de danos ambientais significativos.

O projeto na Margem Equatorial conta com um investimento estimado de 16 bilhões de reais. O Porto de Belém, no Pará, será a base de apoio para abastecer a operação, garantindo a logística necessária para a exploração na região.

Próximos passos

Com a vistoria concluída, a Petrobras aguarda a autorização para dar início à APO e avançar no processo de licenciamento. O Ibama, por sua vez, reafirma que seguirá critérios técnicos e jurídicos na análise do pedido, apesar das críticas sobre suposta influência política na decisão.

O futuro da exploração petrolífera na Foz do Amazonas continua incerto, com ambientalistas e representantes do setor disputando espaço nas discussões sobre os impactos e benefícios do projeto. Enquanto isso, a Petrobras segue ajustando seus planos para garantir a aprovação definitiva da iniciativa.

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