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Desmatamento na Amazônia: Queda Recorde, Mas Desafio Persiste

Segundo o Relatório Anual do Desmatamento (RAD), divulgado pela iniciativa MapBiomas, o Brasil registrou uma queda de 32,4% na área desmatada em 2024. A Amazônia, que historicamente liderava os índices de devastação, apresentou uma redução recorde, com 377.708 hectares desmatados no último ano. Apesar da melhora, o ritmo da perda de vegetação ainda preocupa: cerca de 1.035 hectares foram desmatados por dia na região, o equivalente a sete árvores por segundo.

Taxa de Desmatamento por Estado

Os estados amazônicos apresentaram variações significativas na taxa de desmatamento. De acordo com o sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os números de 2024 mostram que o Pará continua sendo o estado com maior área desmatada, seguido por Mato Grosso e Amazonas. Confira os dados mais recentes:

– Pará:2.362 km² desmatados (37,56% do total da Amazônia).

– Mato Grosso: 1.264 km² (20,10%).

– Amazonas: 1.143 km² (18,18%).

– Acre: 448 km² (7,12%).

– Rondônia: 325 km² (5,17%).

– Roraima: 436 km² (6,93%).

– Maranhão: 287 km² (4,56%)[4.

– Tocantins: 23 km² (0,37%).

O estado do Acre foi o único da região amazônica a apresentar aumento no desmatamento, com um crescimento de 30% em relação ao ano anterior. Já a região conhecida como Amacro (Acre, Amazonas e Rondônia) teve uma redução de 13%, somando 89.826 hectares desmatados em 2024.

O governo brasileiro tem como meta alcançar o desmatamento zero na Amazônia até 2030. No entanto, especialistas alertam que, além da fiscalização, é necessário investir em alternativas econômicas sustentáveis para as populações locais. A expansão da agricultura e da pecuária ainda são os principais motores da destruição florestal, especialmente na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que concentra 75% do desmatamento do Cerrado e 42% da perda de vegetação nativa no país.

Apesar dos avanços, o desafio de preservar a Amazônia continua. A redução do desmatamento é um passo importante, mas a degradação florestal e os incêndios ainda ameaçam o equilíbrio ambiental da região. O futuro da maior floresta tropical do mundo depende de políticas eficazes e do compromisso global com sua preservação.

  

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