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EUA e China firmam trégua na guerra comercial

EUA e China firmam trégua na guerra comercial: entenda o acordo e suas implicações

Após meses de tensões e escaladas tarifárias, Estados Unidos e China anunciaram nesta segunda-feira (12) um acordo que estabelece uma trégua de 90 dias na guerra comercial entre as duas potências. O pacto prevê uma redução significativa das tarifas impostas recentemente, com o objetivo de abrir espaço para novas rodadas de negociações e conter os impactos negativos sobre a economia global.

O que muda com o acordo?

O acordo prevê que os Estados Unidos reduzirão suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%. Pequim se comprometeu a remover algumas restrições impostas a empresas americanas e a exportação de terras raras, essenciais para a indústria tecnológica.

A trégua foi negociada durante o fim de semana em Genebra, Suíça, e representa um avanço nas relações comerciais entre os dois países, que vinham se deteriorando desde o início do governo de Donald Trump. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que ambos os lados concluíram que têm um interesse comum em evitar uma ruptura comercial definitiva.

Impactos econômicos

A notícia foi bem recebida pelos mercados globais, com um salto nas bolsas americanas e valorização do dólar. Economistas alertavam que o conflito comercial poderia desacelerar o crescimento global, alimentar a inflação e provocar escassez de produtos, potencialmente levando os Estados Unidos à recessão. A pausa nas tarifas pode aliviar parte dessas preocupações e permitir que empresas dos dois países retomem suas operações com mais previsibilidade.

Como começou a guerra comercial?

A disputa tarifária entre EUA e China teve início em no início de 2025 quando o então presidente Donald Trump impôs tarifas sobre bilhões de dólares em produtos chineses, alegando práticas comerciais desleais e roubo de propriedade intelectual. Pequim retaliou com tarifas próprias, dando início a uma escalada de medidas protecionistas que afetaram setores como tecnologia, agricultura e manufatura.

Ao longo dos meses, as tarifas foram ampliadas e novas restrições foram impostas, incluindo barreiras à exportação de componentes essenciais para a indústria de semicondutores e restrições a empresas americanas na China. A guerra comercial gerou impactos significativos na economia global, afetando cadeias de suprimentos e aumentando os custos para consumidores e empresas.

Agora, com a trégua de 90 dias, os dois países têm uma oportunidade de reavaliar suas políticas e buscar um entendimento mais duradouro. No entanto, especialistas alertam que ainda há desafios a serem superados antes que um acordo definitivo seja alcançado.

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