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Helder Barbalho defende modelo sustentável para a Amazônia: “A floresta viva precisa valer mais do que morta”

O governador do Pará, Helder Barbalho, reforçou a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia durante entrevista ao programa Veja+Verde. Segundo ele, o grande desafio da região é garantir que a floresta em pé tenha mais valor econômico do que a exploração predatória dos recursos naturais.

Barbalho destacou que o Pará, estado que abriga 75% de floresta amazônica (sic), precisa conciliar preservação ambiental com desenvolvimento social e econômico. Ele citou iniciativas como a produção de cacau, que permite a recuperação de áreas degradadas sem comprometer a biodiversidade. “Você pode ter na mesma área gado, floresta e cacau”, afirmou o governador, ressaltando que o Pará já é o maior produtor brasileiro da matéria-prima do chocolate.

Rastreabilidade e economia verde

Uma das estratégias do governo para fortalecer a economia sustentável é a rastreabilidade agropecuária, que garante que a produção respeite as leis ambientais e evite embargos econômicos. Barbalho anunciou um acordo com o Carrefour para priorizar a compra de carne rastreável do Pará, fortalecendo a credibilidade do estado no mercado internacional.

O governador defendeu a criação de novas economias verdes, como o mercado de carbono e a bioeconomia, que podem impulsionar a geração de empregos sem comprometer a floresta. Ele também mencionou a concessão de áreas degradadas para reflorestamento e captura de carbono, uma iniciativa pioneira no Brasil.

COP30 e desafios futuros

O Pará será sede da COP30, a Conferência do Clima da ONU, em novembro de 2025. Barbalho garantiu que Belém estará pronta para receber o evento e destacou que o estado representa os desafios das várias Amazônias. Ele criticou o negacionismo ambiental de governos anteriores, mas defendeu a discussão sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, argumentando que o Brasil ainda depende de combustíveis fósseis.

A entrevista reforça a necessidade de políticas públicas que valorizem a floresta viva e promovam um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia. Com a COP30 no horizonte, o Pará busca se consolidar como referência na preservação ambiental e na transição para uma economia mais verde.

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