PIB do Brasil cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado pela agropecuária
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao último trimestre de 2024. Na comparação anual, o avanço foi de 2,9%, consolidando a economia brasileira em uma trajetória de crescimento sustentado.
Agropecuário lidera
O desempenho positivo da economia foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que apresentou um crescimento expressivo de 12,2% no período. A colheita recorde de soja, estimada em 168 milhões de toneladas, foi um dos principais fatores que contribuíram para esse resultado. Outros produtos agrícolas, como milho, arroz e fumo, também registraram altas significativas.
Serviços e consumo das famílias em alta
O setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia brasileira, teve um crescimento modesto de 0,3% no trimestre, mas acumulou uma alta de 2,1% na comparação anual. O consumo das famílias também apresentou um avanço de 1%, impulsionado pelo dinamismo do mercado de trabalho e pelo aumento do crédito, apesar dos juros elevados.
Indústria enfrenta gargalos
Enquanto a agropecuária e os serviços mostraram crescimento, a indústria teve um desempenho mais tímido. O setor industrial registrou uma leve retração de -0,1% no trimestre, embora tenha apresentado um crescimento de 2,4% na comparação anual. A construção civil e a indústria de transformação foram os destaques positivos, enquanto as indústrias extrativas enfrentaram dificuldades.
Projeções para o restante do ano
As projeções para o crescimento do PIB em 2025 variam entre 2,4%, segundo estimativas do governo, e 2,14%, de acordo com analistas do mercado financeiro. Especialistas alertam que a contribuição da agropecuária para o crescimento pode diminuir nos próximos meses, o que pode impactar o ritmo da expansão econômica.
Com um início de ano promissor, a economia brasileira segue em crescimento, impulsionada pelo setor agropecuário e pelo consumo das famílias. No entanto, desafios como a estabilidade da indústria e os efeitos da política monetária podem influenciar os próximos resultados. O desempenho do segundo trimestre será crucial para confirmar a tendência de recuperação econômica do país.
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