Tucumã e a epidemia da solidão

Por Sancho Gil de La Pança

Jogando pedra no jacaré lá da serraria, nesse multiverso da moral, o território mais fértil que conheci é a pele em que habito, mas nunca morei na Rua dos Bobos, número zero!

Esvazie sua mochila, tem peso e muitas coisas dentro dela que nunca foram suas.
E isso não é sobre mochila, é sobre a ‘trilha’ da vida, a insustentável leveza do ser.

Meu caro Gerson Severo, contemporâneo do ‘filósofo Porco’, desde os tempos de Zé Alves e Matilde, no ICHL, já que você agora é ‘coach chef’ e eu estou nessa difícil tarefa, fui me aventurar na cozinha e fazer uma graça para a patroa, ‘marquei’, depois da fumaça preta, começou sair fumaça branca da tampa da panela, fui ver o que era, o arroz tinha virado papa.

Maior enclave no ambiente hostil, quiridu, a gente escreve o que ouve, não o que houve. Tendeu?!

Na comida, muito veneno e produtos químicos, já no sabonete do banho e shampoo, aveia, mel e vitaminas. Vai entender!

Alguém ficou de me mandar uns tucumãs, ‘dos bons’, daqueles ‘arara’ do Rio Preto da Eva, via telex. Estou esperando, estimadinha canhota, Edmaria.

Tucumã são outros quinhentos, tem nada a ver com essa história de ‘catar e comer coquinho’, bestificando a inteligência.

“Nos quatro cantos cheguei
E todo mundo chegou
Descendo ladeira, fazendo poeira
Atiçando o calor (…)”

É, quiridu, eu já escambei e passei pelos bares, e quando tudo dar certo pelos bares, a gente envelhece.

Te manca que eu já vendi sanduíche natural na praia de Boa Viagem, e no meu corre, época de ‘empreendedor’, não tinha esse negócio de ifood, delivery, low carb e dieta metabólica, sem carboidratos.

Nem Conde do Brega e tubarão tinha ainda, o que tinha era Ribamar Felix, Selene Baçal e Aderbal Gaya Lana tostando na areia e esperando o resultado da venda, numa exploração nunca antes visto.
Mais valia na Boa Viagem!
O sanduba era raiz, feito por uma professora da Rural de Pernambuco. Isso sim era Viração e JOB, pro carnaval de Olinda.

A vida é assim, na infância fazemos careta para o espelho, na velhice o espelho se vinga da gente. É a lei do retorno, ninguém escapa, por isso que é bom passar protetor solar também na alma!

Irrigado por NPK 04-14-08, controle sua mente, quiridu, as vezes a estrada para o inferno parece o paraíso, mas as vezes a estrada do paraíso é que parece o inferno.
Isso não é sobre os ensinamentos de Malacraia e nem técnica de adubação da marijuana, é sobre vivência, hanadome e ikebana, ixtimadinho.

O inferno que eu passei não tinha fogos nem demônios, tinha pessoas, mas nem se compara com o inferno de Gaza, promovido por Lúcifer Netanyahu. A Palestina vive, pelo fim do genocídio já!

O negócio é tomar um banho de sal grosso todo dia, daquele lá do Himalaia de 10 milhões de anos, mas que vence em outubro agora, é bom atentar pra data de validade.

O bagulho tá tão doido e curioso que, os computadores agora, pedem pra gente provar e comprovar que não somos robôs.
Assim caminha a humanidade, numa concorrência desleal.

Isso é um dos sintomas da epidemia da solidão que vivemos.

Vou é me matricular novamente nas aulas de catecismo pra ver se salvo essa alma desgarrada.

Eu só acho que depois de 2012, onde o mundo se acabou, nós que ficamos, ficamos por último vagando tipo almas penadas, só para desligar a luz.

Eu continuo com muita saudade do tempo em que folheava a Playboy da Maitê Proença na borracharia do seu Antônio do Espantalho. Tempo bom!

Por isso que eu digo ”ter amigos com transtorno mental semelhante ao seu não tem preço”, e eu tenho vários e quero destacar aqui alguns ixtimadinhos; Luiz Motta, Liliane Mantios, Mônica Freitas, Samuel de Brito, Soraya Elian, Delciney Oliveira, Priscila Dias, Osmir Medeiros, Katia Tavares, Ana Marotta, Hiel Levy, Marcela Auzier, Karla Costa, Ritinha Silvestre, Jeferson Garrafa, Maria Mestrinho, Alberto Chã Filho, Orvalho de Cavalo, Cris Freitas, Olavo Auzier, Socorro Quirino, Aroldo Gomes, Paulo Castro, Fátima Feitosa.
Todos canhotos e comunistas, graças a Deus. Os que não são, acabam ‘fondo.’

Tem de todo canto, de Minas, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Florianópolis, Piripiri, Fortaleza, Recife, Belém e até de Ratanabá.

Minas, em particular, o bagulho é mais doido, tenho até irmão lá, além de amigos. Somos netos de Vô Heldomiro, que não era brinquedo não. Vô Heldomiro andou visitando até as tribos amazônicas dos Caiapós e Mundurucus.

Como diz a psicanalista austríaca Melanie Klein: “quem come do fruto do conhecimento é sempre expulso de algum paraíso”.

Chico Mendes, Dorothy Stang, Bruno e Dom morreram defendendo o meio ambiente.
Marina é atacada pelo mesmo motivo.

Ponha-se no seu lugar seu senador de Eirunepé. Marina tem nossa admiração!

“Se não aguenta, afroxa, quiridu, você é maior caô”, Paulo Onça sempre será lembrado.
Covardia é covardia na P-14 e na comissão do Senado.

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